#21 A Casa do Espanto (1985)

Roger Cobb é um veterano da guerra do Vietnã. Formou amizades, viveu os traumas de perdê-los e de ver todos os absurdos que ocorrem por lá. Após seu retorno, começou a ganhar a vida como escritor de terror e fez sucesso. Casou-se com a atriz Sandy Sinclair, tiveram um filho e eram felizes. Sua tia mora num antigo casarão com piscina e, num fatídico dia, mais um trauma: seu filho desaparece DENTRO da piscina, nunca mais é visto.

Seu casamento se desfaz e ele começa a ter reminiscências de sua época no Vietnã... Quando sua tia falece, ele resolve ir até a casa e utilizá-la trazendo novos ares para si e para encontrar inspiração em seu novo livro, uma espécie de autobiografia da guerra. Está selado o enredo para um dos melhores filmes de terror da década de 80 e com uma das piores franquias da mesma época. Veja bem, eu arrumei a linha cronológica do filme pois essas informações todas são necessárias para entendê-lo e elas são mostradas de maneira bem dispersa. Não é algo fundamentalmente ruim ou confusa, mas alguns podem se perder um pouco.


O antigo vizinho de sua tia acaba criando amizade com Roger e o conta mais sobre a morte dela e o que ela pensava da casa: ela É assombrada, tome cuidado. E é com todo esse background perturbador que veremos o escritor confrontar todos os seus medos em forma materializada, entidades vivas que estão ali para relembrá-lo que o passado pode nunca ser esquecido, mas que sempre podemos lidar com eles.

O filme tem uns momentos geniais de surrealidade, com passado e presente se misturando (ou se confundindo), brinca muito com nossa percepção do que estamos assistindo, o que está acontecendo. Imagine ver uma selva surgir onde antes era uma sala. Ou ainda, uma sala e uma selva coexistindo no mesmo local. E portais com seres bizarros vivendo dentro deles. A casa é uma entidade vivíssima e sabe como levar alguém à loucura.


Seria um tanto difícil esse filme não funcionar. Ele foi dirigido por Steve Miner que começou a carreira dirigindo Sexta-Feira 13 Parte 2 e 3 pra em seguida chegar aqui. Sua carreira como diretor ainda segue com Warlock: O Demônio, Halloween H20 e Pânico no Lago, dentre outros. Um outro filme, que deveria ser apagado da história, é Uma Escola Muito Louca ou Soul Man, que é feito em cima de um blackface horrível... Enfim.


A Casa do Espanto é uma delícia, um daqueles que se pode dizer que é imperdível.


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