#171 A Mansão (2021)

 


Nessa semana estava conversando com meus colegas de blog a respeito da Axelle Carolyn. Eu gosto muito do trabalho dela, até quando ela erra. Seu longa Soulmate é bem regular, mas percebemos o esforço. Gosto muito da antologia Tales of Halloween, na qual ela dirige um segmento e foi uma das roteiristas. Ela também tem um trabalho bem interessante na televisão. E ah, deem uma olhada no Instagram dela. É muito bacana ver uma pessoa que trabalha com terror ser tão fã do gênero!

Esse gosto dela pelo cinema de horror está em seus longas. Em A Mansão, temos como protagonista a Barbara Hersey, que no filme também é fã de terror. No final, aparece uma certa personalidade do terror que é uma fofura. 


Judith é uma senhora de 70 anos, bailarina aposentada, que decide, por conta própria, ir para um asilo. Ela tem alguns problemas de saúde e crê que lá seja o melhor lugar, não quer dar trabalho para a família. Principalmente para seu neto, de quem é bastante próxima. Claro que o lugar é bastante esquisito, mas ela crê que seja apenas uma questão de adaptação. 

Nas primeiras noites ela se recusa a tomar o sedativo, e vê uma estranha criatura no quarto em que divide com outra senhora. Ela pede ajuda, mas falam que ela está cansada, imaginando coisas. Aqui entra aquela questão de uma pessoa idosa ser ignorada, não ter controle sobre a própria vida. Ela é levada a pensar que está com demência, que nada daquilo existe de verdade.

Ninguém acredita nela, até mesmo seu neto passa a desconfiar da sanidade da avó. Mas as coisas começam a piorar, duas colegas do asilo falecem e os funcionários do local não tratam as pessoas muito bem. Judith começa então a investigar as coisas por conta próprio, e faz descobertas assustadoras. 


Neste longa, Axelle Carolyn mandou melhor do que em Soulmate, parece que ela encontrou o tom de seu trabalho. Aqui ela também escreveu o roteiro e gostei bastante das soluções dela. Mas o que mais gostei foi ela ter colocado uma mulher idosa como protagonista, e seu corpo não é algo repulsivo. Infelizmente, filmes como X e Barbarian, colocam o corpo idoso como o centro do terror. 


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