#196 O Monstro do Ártico (1951)


 Um dos primeiros diretores de terror que eu conheci foi o John Carpenter. O enigma de outro mundo (1982) sempre foi um dos meus preferidos dele, mas demorei algum tempo para conhecer O Monstro do Ártico, o primeiro The Thing. Ambos foram baseados numa história de John W. Campbell Jr., que foi publicada aqui no Brasil pela editora Diário Macabro. 

O Monstro do Ártico foi lançado em 1951, com a direção de Christian NyBy e Howard Hawks (não creditado), um dos maiores nomes do western. Já NyBy trabalhou bastante na TV, principalmente nos anos 70 em séries de grande sucesso. 


O começo desse filme é bem difícil de aturar. Vários militares numa base na Antárdida fazendo comentários machistas e de extremo mau gosto. Logo são chamados para outra base, na qual acabaram de descobrir algo muito estranho: uma espécie de nave afundada na neve. Eles implodem o gelo e acabam encotrando o que parece ser um corpo. 

Levam o pedaço de gelo contendo o corpo para dentro da base. Os homens se dividem para vigiar aquele estranho ser, enquanto tentam descobrir de onde ele vem. Um deles coloca por acidente um cobertor em cima e o gelo começa a derreter. A criatura volta à vida e passa a ameaçar a segurança de todos ali. 


Após algumas análises eles descobrem que o ser é constituído da mesma matéria que as plantas. Ele é considerado muito mais evoluído que a humanidade e não pode ser abatido com tiros de armas comuns. Logo entendem que o fogo é a única forma de destruí-lo. Porém, o cientista se recusa a participar da busca, ele quer fazer contato com o ser e entender suas motivações. 

Eu amava esse filme antigamente, revendo para escrever aqui ele caiu um pouquinho, mas continua sendo interessantíssimo, tirando essa parte de comentários misóginos em relação a uma das mulheres que trabalha como assistente do cientista. 


Vendo esse longa, impossível não lembrar de um dos momentos mais famosos da história, em que Orson Welles narrou A guerra dos mundos num programa de rádio, e as pessoas ficaram assustadas, achando que era real. Depois disso, houve um boom do SciFi no cinema de Hollywood, que durou muito tempo (inclusive, falei de Plano 9 do espaço sideral aqui no blog, que é de 1959). Esse aqui com certeza é meu preferido de todos eles.


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