#258 Troll: Destruição Total/O Caçador de Trolls (2010)

Troll: Destruição Total/O Caçador de Trolls

2010 - Noruega colorido 103 minutos

Direção e roteiro: André Øvredal

Elenco: Otto Jespersen, Glen Erland Tosterud, Johanna Mørck, Tomas Alf Larsen, entre outros e outras

"Os contos de fada geralmente não combinam com a realidade", Hans

Um caçador solitário começa a ser investigado por uma equipe de jovens cineastas pelo simples fato dele não ter licença para caçar ursos. Ele está sempre perto das ocorrências recentes com esse tipo de animal e, tão desconfiados quanto os caçadores licenciados, a equipe de cineastas passa a investigá-lo, ato que acaba por se tornar uma busca inusitada a criaturas que se acreditavam lendárias. No entanto, os tais Trolls do título não apenas existem, como se escondem a olhos vistos e têm um órgão secreto do governo para monitorá-los.

De acordo com o Wikipédia, o troll "[...] por vezes também grafado trold (em norueguês: troll; em sueco: troll; em dinamarquês: trold), é uma criatura mítica antropomórfica do folclore escandinavo. É descrita tanto como gigante horrendo – como os ogros – ou como pequena criatura – semelhante aos nisser. Diz-se que vive nas florestas e nas montanhas, em cavernas ou grutas subterrâneas, e que tem cauda, como os animais. Diz-se também que é maldoso e estúpido*. Na literatura nórdica, o troll aparece em várias formas, uma das mais recorrentes tem orelhas e narizes enormes. Nesses contos também lhe foram atribuídas várias características, tais como a sua transformação em pedra quando exposto à luz solar, e ainda a sua perda de poder ao ouvir o badalar de sinos de igrejas".

Uma noite, após ter seu carro misteriosamente destruído, os jovens descobrem a verdadeira profissão do homem misterioso e  arredio, ele é um caçador de trolls e após a perda do automóvel, aceita transportar consigo os cineastas, que ficam felicíssimos e aos poucos aprendem algumas regras de sobrevivência: os trolls odeiam luz, conseguem sentir o cheiro de pessoas cristãs e quem os caça tem que tomar um banho bem tomado para se livrar do próprio cheiro e depois se lambuzar com "cheiro de troll", um troço viscoso, nojento e fedorento. Correr também ajuda bastante na profissão.

Hans, o homem, está cansado da parca remuneração e reconhecimento que recebe por seus serviços e deixa que a equipe o acompanhe na esperança que as imagens sejam exibidas na tv, expondo as criaturas e tal qual um pistoleiro do Velho Oeste, sai em busca dos monstros, que, num comportamento antes nunca visto, estão a sair de seus territórios, trazendo problemas para a população e para quem ousar cruzar seus caminhos, pois, apesar de burros como uma porta, possuem força considerável e não têm nada contra comer carne humana e durante toda a jornada percebemos críticas ao desmatamento em prol do "progresso", gastos desnecessários do governo com obras sem sentido e omissão de informações do poder público à população, num found footage que se destaca de seus congêneres por sua história curiosa e bem costurada que traz para os tempos de hoje um monstro ancestral trabalhado em diversas outras obras, mas, nunca da maneira como é retratado aqui. 

Divertido e bem-humorado, O Caçador de Trolls é um ponto fora da curva dentro desse subgênero que deve ser recebido de coração aberto. 

*características bastante humanas, diga-se de passagem.




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