#360 Halloween 6: A Última Vingança (1995)

A franquia Halloween é uma zona. Vocês vão se cansar de me ler escrevendo isso. É uma bagunça do caramba. Isso porque várias pessoas meteram o bedelho onde não eram chamadas e acabou virando esse desastre. Aí a gente que lute pra entender os 13 filmes desse cacete sendo que cada um deles pertence a uma linha temporal diferente.

A linha temporal mais longa de Halloween segue o Halloween 1, 2 — pula o 3 — volta no 4, 5 e 6. É nessa linha temporal que a gente entra hoje. Os piores filmes dessa sequência são, é claro, o 5 e o 6, e é claro que eu fiquei responsável por eles (novamente, deixando claro, que a escolha foi minha).

Como escolhemos falar da franquia de trás pra frente, fazendo uma homenagem a como ela é desestruturada, deixando também a nós mesmos e aos nossos leitores completamente desestruturados (não foi esse o motivo), hoje começo falando do filme 6, mas preciso dar um breve contexto sobre o inferno que vivemos até aqui pra chegar nesse filme.

Essa linha temporal segue a ideia, que foi iniciada no segundo filme, de que a Laurie é irmã do Michael Myers. Ok. Myers sabe disso e começa a perseguir (mais) a Laurie. Depois de um tempo, Michael tá na cadeia e descobre que a Laurie teve uma filha. Essa garotinha, Jamie Lloyd, vai continuar sendo tema nos filmes 4, 5 e 6. E tudo bem até aí, se ficasse nisso a gente estaria no lucro, mas não fica.

Em Halloween 6: A Última Vingança, dirigido por Joe Chappelle, Michael Myers e Jamie Lloyd foram sequestrados por um antigo culto intitulado “man in black” — não, não o do Will Smith com o Tommy Lee Jones, infelizmente, seria muito melhor se fosse. Esse culto, meio druidesco (devem ter tirado essa ideia de Halloween III? a essa altura eu nem me importo), é pra lá de esquisito. Aí a Jamie, então com QUINZE ANOS, dá à luz um bebê e consegue escapar do culto. 

Tá, aí corta pra antiga casa dos Myers, que agora é dos parentes adotivos da Laurie Strode (porque nessa linha a Laurie foi adotada, visto que ela era irmã do Myers), que vivem lá com seus filhos Kara (Marianne Hagan) e Tim, agora adultos, e Danny (Devin Gardner), filho de Kara. Do outro lado da rua, em um tipo de pensão, mora Tommy (Paul Rudd), de quem Laurie era babá naquela fatídica noite de Halloween de 1978, que ficou obcecado em descobrir os verdadeiros motivos do Myers.

O que deixa esse filme mais grotesco além de tudo que já foi dito até aqui, é o fato de que botam as mortes do Michael Myers na conta de uma antiga maldição druida (de novo esse trem) chamada Thorn, que faz as pessoas assassinarem sua família na noite de Halloween. Específico? Muito. 

O Tommy encontra o bebê de Jamie, e corre pra avisar o Loomis (Donald Pleasence, sim, até hoje) sobre tudo que descobriu. Então, o Myers chega até Haddonfield e vai direto pra casa dele. Lá, ele comete seus crimes como sempre, e o “man in black” surge pra levar todo mundo que restou. O plano dessa organização, dessa pessoa, é uma doideira do cacete, que é basicamente clonar o DNA do Michael, porque eles estão estudando “o puro mal”.

Eu depois de me lembrar dessa atrocidade

Eu juro pra vocês, essa mistura de Brumas de Avalon e Ovelha Dolly nunca conseguiu entrar na minha cabeça. Esse filme é de longe o pior da franquia. Ele me fere como fã. A única coisa boa que existe aqui é a presença do Paul Rudd, que eu sinto muitíssimo ter entrado nesse barco. O cara tava lançando As Patricinhas de Beverly Hills no mesmo ano, como ele acabou nessa roubada? Não sei. Mas espero que ele tenha demitido o agente que armou essa pra ele.

Se você está fazendo maratona de Halloween, por favor, pare no cinco, que também não é bom, mas pelo menos não é tão bizarro quanto esse. Eu tinha me esquecido desse filme, mas depois de relembrar dele eu peço desculpas ao Rob Zombie.


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