Meu texto anterior foi sobre O Monstro do Ártico, primeira adaptação da obra de John W. Campbell Jr.. Claro que eu não poderia deixar de escrever sobre a versão de 1982, dirigida por John Carpenter (que com certeza é um dos diretores preferidos da gente aqui do blog!) e estrelada por Kurt Russell. Aliás, esses dois fizeram uma sequência de filmes perfeitos juntos!
Esse longa começa com a icônica cena do husky siberiano correndo na neve, perto de uma estação de pesquisa estadunidense. Ele está sendo perseguido por um helicóptero de uma base norueguesa, que tenta alvejá-lo. Na tentativa de acertar o cão, acabam ferindo um dos pesquisadores. Depois que o helicóptero é abatido, os norte-americanos vão até a base dos noruegueses, para tentar entender o que rolou.
Ao chegar lá, encontram tudo destruído e nenhuma pessoa a vista. Porém, se deparam com uma estranha criatura que os noruegueses incendiaram. Decidem então levar os restos desse ser para a base, e acreditam se tratar de alguma forma de vida alienígena.
No filme de 53, o alienígena era formado por células de plantas. Aqui a coisa é mais complicada: eles conseguem "copiar" outros seres e se espalham como vírus. Lembram do cachorro lá do começo do filme? Então, ETzinho. E ele estava vagando livremente pela base, até se darem conta de que ele devia estar no canil junto com os outros.
Eles ainda não sabem como é transmitida essa coisa alienígena e a tensão começa a crescer. Um desconfia do outro, todos ali são suspeitos. E eles estão presos no meio do nada, cercados por gelo. A única forma de acabar com a ameaça é através do fogo.
O próprio Carpenter considera esse aqui seu melhor filme, e eu talvez não discorde. Ele tem todos os elementos para um clima perfeito de horror: gelo, isolamento, body horror, tensão e muita treta. Os efeitos especiais são ótimos, considerando a época.
Sei que hoje ele é considerado um filme cult, famoso e etc, mas na época ele não foi muito bem recebido, ainda mais depois de clássicos como ET e Alien. Ainda bem que com o tempo ele foi ganhando o devido reconhecimento, pois maravilhoso.
sensacional (texto e filme); também acho o melhor filme do carpenter, da construção do ambiente à sensação de paranoia que permeia o filme inteiro. o terror, como você disse, é construído através dos diversos elementos que constroem o clima, por isso surpreende tanto.
ResponderExcluiruma curiosidade é que o filme ganhou uma sequência em jogo, vinte anos depois, que, surpreendentemente para uma adaptação de filme em videogame, é bem legal.